Muitas pessoas guardam uma ideia equivocada a respeito das práticas meditativas. Isso porque a meditação costuma ser associada à necessidade de "esvaziar a mente" e àquela velha imagem de um guru sentado, por horas, num topo de uma rocha. Essa ideia cristalizada no imaginário de muitas pessoas acaba nos distanciando dessa excelente
ferramenta de saúde integral. Então, eu te faço o convite de desmistificar esse conceito errôneo e se permitir a experiência da meditação!!
Antes de tudo, vamos compreender o que é a meditação: "Capacidade de focar a mente em um objeto ou pensamento e, através desse exercício, unidirecionar a mente, levando-o a experiências místicas* no conhecimento de si, da natureza e do Universo". (Negri, Penedo e Paletta)
Meditar não se trata apenas de uma técnica aplicada mecanicamente, mas uma atitude em que a mente pode permanecer calma e ao mesmo tempo concentrada e alerta, permitindo ao praticante descobrir sua verdadeira natureza.
Para praticarmos, o ideal é estarmos confortavelmente sentados, porém, se o indivíduo desejar, ele pode realizar a sua prática deitado, em pé e, até em movimento. Isso mesmo! Existem tipos de meditação ativas, passivas e mistas.
Hoje, vamos abordar apenas um tipo. Aquele considerado mais simples e que serve como base para todos os outros: A Meditação passiva de atenção focada ou Meditação concentrativa.
Para a sua prática, você deve escolher uma âncora. Sabe o que é isso?
A âncora, na prática meditativa, trata-se de um objeto ou pensamento na qual faremos o treino de focar a atenção por um determinado tempo. Pode ser a chama de uma vela, uma imagem (como a foto postada acima), um sentimento ou a própria respiração, que costuma ser uma das âncoras mais utilizadas.
A essa altura, você já deve ter percebido que a prática meditativa nada mais é que um treino, um exercício da mente e, como tal, requer disciplina e persistência para alcançar os seus efeitos benéficos para a saúde, que são entre tantos: regulação da frequência respiratória e cardíaca; eliminação de gás carbônico; alteração de neurotransmissores proporcionando relaxamento, bem-estar, redução do estresse e ansiedade e regulação das emoções.
Vamos à prática?
Escolha um local (com poucos ruídos) onde você possa permanecer alguns minutos sem ser interrompido.
Para essa prática meditativa, escolha permanecer sentado ou deitado e observe seu estado geral. Se existe algum desconforto físico ou mental.
Programe o seu alarme para 10 a 15 minutos (sugiro iniciar com períodos curtos de meditação)
Agora, você vai escolher a sua âncora!
De olhos fechados ou levemente cerrados, comece a focar a atenção na sua âncora, buscando relaxar corpo e mente ( a isso chamamos de relaxamento da lógica).
Quando você se perceber divagando, tendo perdido a sua âncora, não se preocupe e nem se cobre. Gentilmente, volte a sua atenção a ela. Isso vai se repetir quantas vezes forem necessárias.
Ao toque do seu despertador, será o momento de finalizar a prática, mas não a interrompa de qualquer jeito. Procure refletir sobre a sua prática e, se possível, alimente pensamentos e sentimentos positivos.
O ideal é que a prática aconteça diariamente.
Quero salientar, aqui, que a Meditação é uma das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde. Embora ela deva ser praticada sem nenhuma intenção de alcançar insights ou grandes ideias, algumas pessoas relatam ser uma experiência única e transcendental.
Sem desmerecer as crenças de cada ser, explico que na neurofisiologia da meditação, encontramos a justificativa para essas sensações já que, de maneira bem resumida, a prática meditativa leva a uma diminuição das informações sensoriais, do trabalho mental e do fluxo de pensamentos. Além disso, a Meditação leva a mente a trabalhar com predomínio das ondas alfa. Nesse nível, atuam as áreas da inteligência, memória, criatividade, inspiração e intuição!
Espero que tenham gostado!
* Misticismo - o termo é usado para designar a profundidade da fé de alguém
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